quarta-feira, 20 de abril de 2016

A merda dos graus



Desta vez era Rui Lopes Graça o coreógrafo convidado.
O frisson instalou-se.
Perdera o Benvindo da Fonseca e agora o Lopes Graça.
Havia outros que se habituara a admirar e trabalhar com eles seria quase tudo, mas a merda da idade não deixava, a merda dos graus ainda não permitia.Fato após fato,com o rosa num passado que lhe parecia longínquo, sapatilha após sapatilha, pontas após pontas, suor após suor, lesão após lesão, os exames iam avançando com sucesso mas nunca o suficiente para, uma vez mais, estar no ano certo para absorver o Lopes Graça.
Restava-lhe esperar, restava-lhe ensaiar e um port-de-bras inesquecível. Talvez para o ano haja Paulo Ribeiro ou mesmo o Rui Horta. Afinal, dizem que o tempo passa a correr; serão só mais uns calos, mais uma dúzia de collants, mais um par de joelhos.

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